Agora sou mais.
Mais de mim!
Foste e arrancaste de mim anos de companhia e fidelidade.
Fingiste um lugar, uma pessoa que não existiram, a não ser na minha cabeça.
Fingiste um lugar, uma pessoa que não existiram, a não ser na minha cabeça.
Terei imaginado tudo?
As horas a passarem por nós, onde as palavras fluíam, sem serem puxadas.
O teu cheiro perto de mim, os teus olhares. Terei inventado tudo?
O teu cheiro perto de mim, os teus olhares. Terei inventado tudo?
Foste o que não és. E não sei como não o vi chegar.
O momento em que derrubaste anos de construções que pensava serem sólidas.
A noite em que me fizeste repensar sobre quem era, sobre quem sou.
Amaldiçoo-te pela tua máscara, pela hipocrisia e pela mentira.
Amaldiçoo-te pela tua máscara, pela hipocrisia e pela mentira.
Por tudo o que foste quando não eras.
Pelos teus lábios.
Pelos teus cabelos.
Pelo teu cheiro, que por vezes me apanha na rua.
Pelo teu cheiro, que por vezes me apanha na rua.
Olho para ti mas não te vejo.
Não oiço o teu nome.
Não oiço o teu nome.
Já não sei quem és.
Por outro lado, sei bem quem sou.
Quem me tornei, sem te ter.
Quem me tornei, sem te ter.
Quem me tornei por escolher!
Quem sou hoje. Mais! Melhor!
E tu?
Perdeste-te em quatro horas?
Perdeste-te em quatro horas?