Por vezes vejo peças do passado que me trazem desilusão.
Desiludida com as escolhas dos outros.
E pergunto-me se alguma vez estive na lista, ou se me forcei a pensar que estava.
As imagens surgem a preto e branco e os cabelos esvoaçam à frente dos meus olhos.
Deixo o peito que amparou os meus pensamentos por 90 minutos e faço-me acreditar que existe mais para mim.
E se não existir?
E se me iludi por tudo o que surgiu de forma efémera?
Não caio no negrume, mas quando cai a noite fico presa nos meus medos.
O que quero?
O que preciso?
De ser salva. Não é o que precisamos todos?!
E assumo que preciso que me abracem e que me digam que vais tudo correr bem.
Mas a verdade é que não deixo que se aproximem o suficiente para isso.
Deixo-me no desamparo e faço todos acreditarem que estou bem.
Até deixar de estar.